Na escola, os materiais para crianças com deficiência visual devem ser adaptados para que elas possam ter acesso ao currículo escolar e aos conteúdos de aprendizagem. Esta é uma medida básica para atender às necessidades específicas de suporte educacional de alunos com problemas visuais significativos.
“Só porque um homem não usa os olhos, não significa que ele não tenha visão.”
-Stevie Wonder-
Encontram-se no mercado diversos materiais com facilidade de adaptação para fornecer o essencial: informação táctil com texturas, peso, etc., bem como informação auditiva e visual, neste caso com cores fortes ou contrastes para alunos com baixa visão.
Por outro lado, as novas tecnologias, inclusive as digitais, são um universo em expansão de possibilidades de acesso e inclusão. Faz parte do que se conhece como Tiflotecnologia (do grego ‘tiflo’, que significa cego), um conjunto de técnicas e estratégias por meio das quais “procedimentos e técnicas são adaptados para uso posterior pelo grupo de cegos”.
A deficiência visual refere-se à presença de deficiências funcionais significativas quando se trata de ver. Ou seja, esse conceito engloba diversos tipos de problemas visuais graves. Assim, de acordo com Natalie Barraga, uma distinção pode ser feita entre:
As crianças com deficiência visual precisam ter materiais escolares adaptados às suas necessidades educacionais especiais, para garantir acesso e reprodução adequados das informações que devem aprender. Essas adaptações podem ser realizadas por meio de diversos recursos, como:
A ampliação consiste em aumentar o tamanho do documento para facilitar o acesso a um determinado material, de forma que sua apresentação fique clara, com bom contraste e com tamanho de fonte não muito grande.
Essa técnica é usada apenas em casos específicos, pois é melhor usar as possibilidades de adaptação do computador, colocando uma letra mais legível para crianças com problemas de visão e suprimindo os fundos e contrastes ruins.
As gravações são uma boa maneira de levar informações a alunos com deficiência visual. Trata-se, portanto, de transcrever oralmente os materiais para que os pequenos possam acessá-los pela via auditiva.
Embora o principal problema desse método seja que nem tudo pode ser registrado, como os conteúdos de matemática, física, química, etc.
O braille é um sistema de pontos em relevo que se baseia na combinação de seis pontos distribuídos em uma pequena célula. Nesse caso, os materiais devem ser transcritos e adaptados para que possam ser percebidos pelo tato.
Mas nem sempre tudo pode ser adaptado, então a decisão de usá-lo ou não vai depender do tipo de informação ou do exercício. Além disso, para utilizar esta ferramenta, é necessário que a criança domine e conheça o braile.
Outra forma de adequar o material para crianças com deficiência visual é por meio do uso de ilustrações em relevo para que o aluno, por meio do tato, tenha uma imagem global das informações.
Para realizar esta adaptação corretamente, uma série de considerações deve ser levada em conta:
Além de adequar os materiais escritos, também é necessário adequar o ambiente, por isso uma série de medidas devem ser tomadas quanto às mudanças físicas na sala de aula e na escola, como: