O nascimento de um filho com algum tipo de incapacidade é um grande impacto para qualquer família. Sempre é algo inesperado, muitas vezes percebido como estranho e raro, que rompe com todas as expectativas do filho desejado. À medida que o filho vai crescendo, diferentes recursos e vários tipos de apoio se fazem muito necessários.
Na maioria dos casos, no entanto, as famílias não estão preparadas para dar respostas a todas as consequências de ter uma criança com necessidades especiais. Uma dessas necessidades tem a ver com a comunicação, especialmente quando temos que dar alguma má notícia a elas.
Todos os pais que têm um filho com deficiência intelectual se fazem uma pergunta desde o dia em que descobrem a condição de seus filhos: o que vai acontecer com ele quando eu não estiver mais aqui?
A maioria dos autores concordam que o processo de luto passa por diferentes fases ou etapas. O luto em pessoas com deficiência intelectual cumpre esse mesmo padrão. Essas fases vão desde o impacto inicial até a recuperação definitiva, ou até o problema se tornar crônico. Por isso, podemos organizar a evolução nessas 4 fases a seguir:
Quanto aos tipos de luto, podemos distinguir duas formas básicas de reagir diante de uma situação de perda: normal e patológica. O que vai distinguir esses dois tipos básicos vai ser a intensidade e a duração dos sintomas, assim como o grau em que a vida diária da pessoa é afetada.
O luto normal chega ao seu fim quando a pessoa chega à última fase do processo, tendo passado por todas as fases anteriores, de modo que estará em condição de recuperar a estabilidade emocional. Isso permite voltar a ter esperança e enfrentar os problemas. Pelo contrário, o luto patológico pode acontecer de duas formas:
O luto em pessoas com deficiência intelectual atravessa várias fases que vão desde o impacto inicial até a recuperação definitiva ou a complicação do problema, que se torna crônico.
Alguns critérios de comportamento gerais podem ajudar a orientar e canalizar as expressões de tristeza e desespero que costumam acompanhar as reações de luto. Ainda que tenhamos que levar sempre em consideração as características da personalidade de cada um e o grau de deficiência intelectual, esses critérios serão sempre importantes.
Definitivamente, uma das maiores preocupações das famílias das pessoas com deficiência intelectual é o que vai acontecer quando eles morrerem, quem vai se encarregar de seu filho, se ele vai ser bem tratado, se ele ficará sozinho, etc. É verdade que essas são perguntas que ninguém pode responder, porque o futuro é sempre incerto.
No entanto, podemos antecipar certas decisões importantes, para que outras pessoas não as tomem de forma diferente ou oposta à que nós desejaríamos. Isso pode tornar um momento difícil, como é o momento de luto, um pouco menos traumático.
Comportamentos como informar sobre o ocorrido o quanto antes, assim como dar um atenção individualizada, facilitam o processo de luto em pessoas com deficiência intelectual.
Fonte: A Menta Maravilhosa